“Subjetividade maquínica” é um nome utilizado por vários autores. Todavia a noção aqui esboçada é de minha responsabilidade. A peça ensaiada é a respeito de um tipo de subjetividade própria de nossos tempos. Contudo, não se trata da subjetividade maquínica segundo uma direção genérica. O termo aqui se associa à tentativa de notar as limitações de nossa imaginação política na atualidade.
Este livro traz um tablado para que o ensaio da peça ocorra. O script da trama é elaborado em torno da pós-verdade e do individualismo neoliberal contemporâneo. Os personagens: a direita que propaga teorias da conspiração, o capitalismo de plataforma, o humano descorporalizado e deserotizado, o histérico, o individualista do be yourself e, enfim, o narcisista que flerta com o simulacro. Eles estão no palco. Faço-os apresentar alguns movimentos, alguma pantomima. A moral da história, no entanto, é do leitor, que terá de continuar a narrativa por si mesmo.
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